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HÁ 5 ANOS A GLOBO NOS SOLTAVA “COBRAS E LAGARTOS”

Há 5 anos, no horário das sete da Globo, João Emanuel Carneiro estreava a segunda novela de sua autoria, “Cobras e Lagartos”.

João vinha do sucesso “Da Cor do Pecado”, a maior audiência do horário, e recebeu a encomenda da emissora para uma nova novela, com a missão de reerguer o horário, que estava em baixa com a antecessora “Bang Bang“.

“Cobras e Lagartos” trazia o luxo como temática e sua história girava em torno da luxuoso loja de departamentos Luxus, alvo de cobiça dos personagens.

Para compor os personagens, os atores passaram por workshops de vendas e se habituaram com o universo.

Os antagonistas chamaram mais atenção do que os protagonistas. As cenas com os vilões Estevão (Henri Castelli), Leona (Carolina Dieckmann) e Ellen (Taís Araújo) e do anti-heroi Foguinho (Lázaro Ramos) eram mais interessantes do que as dos mocinhos Duda (Daniel de Oliveira) e Bel (Mariana Ximenes).

Carolina apareceu com um visual diferente, com os cebelos bem loiros, quase brancos. Ao longo da trama, Taís também teve suas madeixas clareadas, assim como Lázaro, que pintou o bigode de loiro.

Outro destaque da novela era a dupla formada pelas atrizes Marília Pêra e a saudosa Mara Manzan, que respectivamente, interpretaram patroa e empregada. Marília era a falida Milu Montini. Em determinado momento, elas trocaram os papeis e milu se tornou empregada de sua empregada.

A produção contava com duas cidades cenográficas. Uma recriava o Saara carioca, região de comércio ambulante da cidade, e a outra, era apenas o enorme prédio da Luxus.

Mariana Ximenes e Daniel de Oliveira como Bel e Duda.

No inicio da novela, o autor foi acusado de plágio pelo cineasta Walter Salles. O cineasta alegava copia do seu filme linha de Passe, o qual um motoboy que tocava flauta transversal namorava uma violoncelista, tal qual os personagens Duda e Bel na novela. Depois disso, as cenas em que os personagens tocavam seus instrumentos foram eliminadas da trama.

Se a missão de Cobras e Lagartos era levantar a audiência, esta foi cumprida. Em determinado capítulo atingiu audiência na casa dos 50 pontos, superior a “Da Cor do Pecado” e digna de novela das oito. Atualmente nem a das oito atingem este feito.

A novela era uma crítica social bem humorada. Os personagens eram ambiciosos e não queriam ser pobres. Falavam coisas que não costumam ser ditas em novelas.  Arrisco-me a dizer que as melhores cenas eram com a Carolina e a Taís, e da Marília com a Mara. Os resultados eram sempre ótimos, com boas falas e excelente interpretação.

Sinopse – O milionário Omar Pasquim (Francisco Cuoco) é dono da loja de departamentos Luxus e vive cercada de gente interessada em sua fortuna. Ele sabe que tem uma grave doença, e teme que sua herança vá parar em mãos de quem não merece. Solteiro, ele tem como herdeiros a irmã Milu e os sobrinhos Leona, Tomás (Leonardo Miggiorin) e Bel, esta é a unica que realmente se preocupa com ele e vive repetindo que não quer nenhum centavo de sua herança. Enquanto os demais parentes e outras pessoas fora da família tramam planos sórdidos para se apropriarem de seus bens.

Sabendo disso, Omar se disfarça de faxineiro para conhecer as reais intenções de cada um. É quando ele conhece o office-boy Duda, um cara de origem humilde e de bom coração que trabalha na cooperativa de motoboys “Lagartos Voadores”. Duda e Bel também se apaixonam, mas ela é noiva de Estevão, que a trai com Leona.

Omar então resolve deixar sua herança a Duda sem que ele saiba. Duda na verdade se chama Daniel. Mas, um outro Daniel, o malandro Foguinho, chega antes e coloca as mãos na fortuna.

Veja o vídeo com a chamada dos personagens Duda e Bel.

Curiosidades – A abertura dividia a tela pela metade, em diagonal, com cenas de luxo e pobreza.

– O tema das vinhetas “Estamos apresentando” e Voltamos a apresentar” era um arranjo da música Erva Venenosa, de Rita Lee. Mas, foi substituido a partir do 4º capítulo por Alô Alô Marciano, de Elis Regina, o tema de abertura.

– Erva Venenosa era pela segunda vez na década, o tema de uma vilã. A primeira havia sido em 2001, em “Um Anjo Caiu do Céu”, tema da personagem Laila de Montaltino (Christiane Torloni). E depois, em 2010, viria a ser da vilã Sofia (Zezé Polessa), em “Escrito nas Estrelas”.

– As trilhas Nacional e Internacional foram lançadas juntas, mas, eram vendidas separadamente. Mariana Ximenes estampou a capa da Nacional e Daniel de Oliveira, a Internacional. A Nacional trazia músicas como Quando a Chuva Passar, de Ivete Sangalo, e Sol, do Jota Quest, que estiveram entre as mais tocadas nas rádios, naquele ano. Ainda foi lançada uma trilha complementar, intitulada “Saara” e trazia hits populares, como: Show, de MC Léozinho, Meu Gol de Placa, Latino, e Vira de Ladinho, do grupo Malha Funk.

– O ator Henri Castelli vinha da novela Belíssima, que ainda estava no ar. Na trama das oito, seu personagem Pedro havia sido assassinado e ainda era citado. Depois da estreia de Cobras e Lagartos a emissora determinou que a imagem do não apareceria mais em flash-back (lembranças dos personagens). O nome de Henri também saiu dos créditos de abertura de “Belíssima”.

– Foi a estreia do ator Lázaro Ramos em novelas. Até então, ele só havia feitos filmes e séries. Foi também a 2ª novela de Cléo Pires, que havia sido revelada no ano anterior em “America”.

Fotos e Vídeos: Divulgação / Youtube

@diniz_paulinho

A TRAJETÓRIA DE SUCESSO DE MARIANA XIMENEZ

Embalados com o final de Passione e estreando a sessão que relembra a trajetória de trabalho de atores e autores, a primeira é a atriz Mariana Ximenes, que brilhou como a vilã Clara na trama de Silvio de Abreu.

Relembramos agora os principais trabalhos da atriz.

Em 1998, Mariana estreou na TV, aos 17 anos, na novela Fascinação, de Walcyr Carrasco, no SBT. Ela interpretava Emília e fazia par romântico com Caio Blat.

O trabalho no SBT rendeu a Mariana sua estreia na Rede Globo, com um papel de destaque. Em Andando nas Nuvens (1999), ela interpretou Celi, uma das filhas do protagonista Otávio Montana (Marco Nanini). No início da história, Celi é uma noviça. Depois que sai do convento, a moça se apaixona pelo músico Tiago (Caio Blat, também em sua estreia na emissora).

Bionda, era este o nome da espivitada moça que abandonava os noivos, vivida pela atriz em Uga Uga (2000). Na divertida história de Carlos Lombardi, Bionda aprontava ao lado da prima Tati (Daniele Winits) e era a menina dos olhos do protagonista, o índio branco Tatuapú (Cláudio Heinrich).

Em junho de 2001, meses depois de se despedir de Bionda, Mariana voltou a trabalhar com Walcyr Carrasco, vivendo Isabel, em A Padroeira. A novela de Walcyr teve alguns problemas com audiência e mudou de rumo, deixando o tom sombrio da primeira fase. Com as mudanças, alguns personagens também sofreram alteração. Isabel que no inicio tinha um romance com Diogo (Murilo Rosa), passou a fugir do rapaz na segunda fase, terminando a história nos braços de Faustino (Rodrigo Faro).

Em janeiro de 2003, Mariana era Rosário, uma das protagonistas que dava título à minissérie A Casa das Sete Mulheres, de Maria Adelaide Amaral e Walter Negrão. Na história, que tinha a Revolução Farroupilha como pano-de-fundo, mais uma vez uma personagem de Mariana “corre” de um personagem de Murilo Rosa. Rosário tinha um compromisso com Afonso Corte Real, personagem de Murilo, mas, se apaixona por Estevan (Thiago Fragoso), um dos soldados da guerrilha inimiga. O amor é tanto, que mesmo com a morte do rapaz, o casal continua se encontrando.

Em setembro do mesmo ano, Mariana Ximenes vive Ana Francisca, a protagonista de Chocolate com Pimenta, sua terceira novela de autoria de Walcyr Carrasco.

Após a morte do pai, Aninha, como é chamada, muda-se para Ventura para viver com seus parentes. A moça simples e inocente é humilhada em uma festa perante a cidade e jura se vingar de cada um que riu dela na ocasião. Anos depois, Ana agora rica e bonita, retorna à cidade para cumprir a sua promessa.  Depois de tantos desencontros, a moça enfim termina feliz com o amado Danilo (Murilo Benício).

Em 2005, Mariana mudou o visual, deixando as madeixas curtas e pretas, para estrear no horário nobre, vivendo Raíssa, em América. Na novela de Glória Perez, a menina rebelde era filha do casal problemático Glauco (Edson Celulari) e Haidê (Christiane Torloni). No decorrer da história, Raíssa vira funkeira. Na cena de seu casamento, Raíssa entra na igreja ao som de um funk.

No início de 2006, Mariana deu vida à personagem real Lilia Gonçalves, minissérie JK.

Em abril do mesmo ano, João Emanuel Carneiro teve Mariana Ximenes como protagonista de sua segunda novela, Cobras e Lagartos. A musicista Bel era alvo da inveja da prima Leona (Carolina Dieckmann) e do noivo Estevan (Henri Castelli), que a traía com a vilã. Porém, Bel conhece Duda (Daniel de Oliveira) e se apaixona pelo rapaz.

Em 2008, Lara Fontini era a peça principal da disputa entre Flora (Patrícia Pillar) e Donatella (Cláudia Raia), em A Favorita, também de João Emanuel.  A moça era filha da vilã Flora, que tentava se aproximar dela após sair da prisão, tempo em que tinha sido criada por Donatella. Nas reviravoltas do folhetim, Lara começa namorando Cassiano (Thiago Rodrigues), mas, termina ao lado de Halley (Cauã Reymond).

Se em Cobras e Lagartos, Carolina Dieckmann era a vilã que infernizava a vida Bel, em Passione, foi a vez de Mariana ser a vilã que fez tanto Diana (Carolina) como os demais personagens passaram maus bocados. Com sua primeira vilã, a atriz foi o grande destaque da novela de Silvio de Abreu. Protagonizou cenas quentes ao lado de Reynaldo Gianecchini, Tony Ramos, Cauã Reymond e Daniel Boaventura e foi a grande assassina de Saulo Gouveia (Werner Schunemann), o mistério da novela.

Em meio a mocinhas sofredoras, rebeldes ou vilãs, Mariana Ximenes tem estado cada vez melhor como atriz, colecionando brilhantes trabalhos. E sem dúvida, vem também trilhando uma trajetória de sucesso.

Fotos: Divulgação